terça-feira, 19 de maio de 2015

Sonhos (2011)

Não vou me proibir de expor o que eu ainda sinto, que eu ainda te amo demais, mas apesar de todo medo eu não quero correr atrás. Sim, medo! De de repente, você, num surto, me querer de volta, e eu não buscar por isso pensando que já te esqueci, que vou te tratar mal, eu sei, é uma ideia meio idiota, mas acho que muitos já tiveram esse medo. Há algumas noites, se me procurasse, eu realmente te mandaria pra bem longe de mim, mas essa noite, parece que retrocedi alguns meses, parece que sinto você, e sinto você sentindo falta de mim . Fazia tempo que eu não via tantas horas iguais, desde que o dia 30 virou 31, vi todas as horas iguais, 00h00, 01h01, 02h02, 03h03, e torço tanto para que você esteja pensando em mim. Acho que se me procurasse hoje, eu iria querer apenas te abraçar bem forte e te agradecer por fazer aquilo. Sonhos... só em sonhos mesmo.  Pena que quando abro os olhos me frustro, porque quando eles estão fechados tudo é tão perfeito. Mas enfim, vamos ver quantas mais horas iguais verei hoje.

Ilusão (2012)

Vida vazia, corpo cheio. Veias, cabeça, coração amando com um nó cego lotado de confusões, de ser ou não ser. Ausência, cansados de medir, de temer, de não saber que nessa vida talvez não haja nada a perder. Um plano fixo, tedioso de um filme, cores contrastantes, cores primarias, sons do vizinho. Vazio. Vontade. Estagnação. Pés cansados, reflexo de um coração cansado de lutar por um espaço preenchido. Cabeça cheia, cabeça vazia. E se ela pudesse me ver, e não só me olhar, e se margaridas despedaçadas não fossem idealizadas no lugar de um coração. Se? Nada a perder? Encontrar. Afinal, vazio espiritual é excesso? Vazio é a vontade de ter o que não pode. O vazio é causado pela falta do ver, o excesso do idealizar.

Sem cobertor (2009)

Descobri que as pessoa não podem contar comigo para qualquer coisa.
Descobri que embora eu tente não ligar, ligo para o que pensam de mim.
Descobri que tenho as pessoas mais incrivelmente extraordinárias perto de mim (Eduardo, Juliana, Clariana), meu atuais melhores amigos.
Descobri que não dá pra ter somente um melhor amigo.
Descobri que algumas coisas só se aprendem uma vez (como viver sem uma amizade, uma vez que se aprende, já era).
Descobri que tenho pessoas que vão me fazer me sentir especial o bastante pra dançar e fazer alok em qualquer ambiente (Pedro e Tomás).
Descobri (de novo) que eu adoro sair.
Descobri (de novo) que sou carinhosa.
Descobri que abraços podem fazer "chover no deserto".
Descobri que a minha preguiça deixa  de existir se eu ouvir um nome.
Descobri que dá pra se evitar o amor.
Descobri que "querer" é uma das palavras mais fortes que existem.
Descobri que ter não é tudo, e ser é fundamental.
Descobri que quando não se consegue encontrar a outra metade, basta encontrar-se consigo mesmo.
Descobri várias coisas sobre mim.
Descobri que sou hipócrita pra caralho.
Descobri que não sou tão amiga quanto penso ser, que não estou tão disponível assim, e se eu não souber sobre o assunto, não vou me preocupar.
Descobri que não sou perfeita.
Descobri que algumas pessoas só servem de jogo pra mim.
Descobri que até escrevo bem, mas nunca vou escrever tão bem quanto aos que me leem.
Descobri que sou paranoica.
Descobri que não entendo porra nenhuma de cinema.
Descobri que sou bastante egocentrica.
Descobri que me acho bonita.
Descobri que me acho feia.
Descobri que gosto do meu corpo.
Descobri que odeio meus defeitos.
Descobri que a convivência comigo pode ser insuportável.
Descobri que estou no meio de uma crise existencial e metade disso aqui é exagero.
Descobri que não sou de procurar as pessoas, somente as que não fazem questão de mim.
Descobri que sinto uma atração louca por pessoas de Touro.
Descobri que ser de Peixes é um saco.
Descobri que Peixes é um dos piores signos do zodíaco.
Descobri que platônico não existe.
Descobri que não tenho paciência para cancerianos.
Descobri que aquarianos são chatos e leoninos são até fofinhos e amáveis.
Descobri que estou me apaixonando pela pessoa errada (pra variar).
Descobri que posso me apaixonar cada dia por uma pessoa.
Descobri que a Mariana gosta de mim de verdade.
Descobri que algumas pessoas não suportam ver as outras indo embora, mas que a ausência delas não faz falta a maior parte do tempo.
Descobri que existem não só vícios em drogas lícitas/ilícitas, mas também em pessoas.
Descobri que abstinência não é legal.
Descobri que enjoo se fumar.
Descobri que odeio álcool.
Descobri que se não gostar de algo, é melhor nunca ter uma primeira vez.
Descobri que algumas pessoas mentem porque são doentes.
Descobri que também me sinto fracassada.
Descobri que tenho vergonha de mim mesma e de quase tudo o que eu faço.
Descobri que nunca faço drama à toa.
Descobri que poucos vão ler posts grandes como este.

E agora José? (2010)

Fazer uma carta pra mim mesma, pra eu saber o que quero, qual lado seguir? Qual aventura incerta escolher? Será que é assim? Sem saber o que fazer que descobrimos o porquê do querer? Não sei o que? Não sei o querer? Só sei o dizer, não sei o fazer. Correr atrás de sonhos incertos do passado, uma aventura e tanto, pra onde ir, a estrada do coração termina aonde? Alice! Medo de machucar, mas evitar sagramento alheio para ver o meu está certo? Devo correr para longe sem ver, devo sentir cair sobre mim uma luz que trará uma ambição de abismos sem luz alguma. Se seguir sem luz, há uma verdadeira, serei. O objetivo não é brincar, não sei onde estará a resposta para o meu coração, tudo do futuro planejado perdeu seu sentido. Comecei em busca de mim. Onde? Céu? Anjos, amor, carinho, coração. Saudade. E agora, José? E as dúvidas, José? O que farei? Será o fim?
Medo distante, coração partido, o quê? Não, mas pra quê? Oi? tenta. AFF! Não... agora não. Serei uma bruxa? Eu tive uma recaída, devo dizer?

Intraduzível

Se o silencio pudesse falar, diria mais do que todos podem imaginar. Mas às vezes, o melhor que se tem a fazer, é permanecer calado, porque nem tudo é traduzível.

Reliquias

Mexendo nas minhas gavetas de bagunças, achei milhões de textos e cartas que nunca postei, nem entreguei. Resolvi posta-las, embora nenhuma delas tenha data, e boa parte eu ja nem me lembro porque escrevi, quero mante-las vivas num lugar de fácil acesso.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Amor.

Esse silencio é o que me mata. Antes fosse só a falta do falar, antes fosse a dúvida da falta de enxergar, antes não fosse a duvida do enxergar fundo demais, antes pudesse voltar naquela madrugada de 21 de fevereiro, voltar pr'aquele abraço que me perdi e me encontrei tantas vezes que mal me lembro onde estava. Pudera eu saber o que se passa por trás desses olhos molhados, desse coração enorme disfarçado de pedra, que não se passam de pedrinhas de açúcar. Ah, se eu pudesse com toda minha água fazer disso um melado.
Eu te amo tanto, e nem sei de onde vem tudo isso, eu te conheço tanto e nem sei de onde você vem. Mas te peço, vem comigo, vem? Sem pressa de ser feliz, vem? Vamos no momento, num passo calmo de cada vez, vem? Vem, vamos olhar pra trás e ver a beleza da nossa estrada? Amar o presente e deixar o futuro buscar. Vamos sorrir do corpo a alma, dar as mãos e puxar os corações, filmar os olhos com o olhar, fazer filme, fazer história, fazer amor e glória. Vamos deixar a felicidade dançar nossas vidas, irradiar, incorporar, viver, sonhar e viver um pouco mais, e todo dia um pouco mais.
Larga as armaduras, se desarma, se dá, me dá, me deixa mostrar o que tenho pra te dar... Um universo tão profundo, que palavras não cabem de preencher, que apenas um sentimento se faz caber e transbordar: amor.